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Tendências em retrofit residencial: oportunidades para o arquiteto que busca inovação

  • Foto do escritor: Redação Bersouza Engenharia
    Redação Bersouza Engenharia
  • 22 de mai.
  • 2 min de leitura

O retrofit residencial deixou de ser nicho para tornar-se vetor estratégico no mercado brasileiro. A falta de terrenos nos grandes centros, aliada a incentivos fiscais como o Requalifica Centro em São Paulo, disparou a procura por projetos capazes de atualizar edifícios sem demolir sua história. Só na capital paulista, estimam-se mais de 350 mil m² em imóveis pré-anos 1980 aptos a receber retrofit, segundo levantamento da Folha de S.Paulo Folha de S.Paulo. A mesma lógica move outras cidades: Campinas aprovou, em 2024, lei específica que classifica intervenções integrais, parciais e mínimas, simplificando licenciamento e atraindo investidores Prefeitura de Campinas.


Vetores que impulsionam o retrofit


  1. Eficiência energética e ESG

    Sistemas de isolamento térmico, vidros de alto desempenho e painéis fotovoltaicos reduzem consumo em até 40 %, enquanto o mercado global de soluções de retrofit energético deve saltar de US$ 183 bi em 2024 para US$ 235 bi até 2032 Fortune Business Insights.

  2. Soluções smart home

    A automação integrada (IoT) torna possível controlar iluminação, climatização e segurança via aplicativo, requisito crescente para o comprador de alto padrão.

  3. Materiais sustentáveis

    Concreto de baixo carbono, madeira engenheirada e tintas fotocatalíticas elevam o desempenho ambiental e atendem a certificações como EDGE e LEED.


Oportunidades criativas para o arquiteto


  • Diálogo entre passado e presente

    Edifícios com valor histórico ganham layouts contemporâneos, pé-direito generoso e aberturas ampliadas sem violar diretrizes de preservação. Essa combinação agrega até 25 % de valorização ao metro quadrado, segundo o Portal VGV Portal VGV.

  • Requalificação urbana

    Bairros centrais com alta vacância transformam-se em polos residenciais mistos, reduzindo deslocamentos e revitalizando o comércio local LinkedIn.

  • Modelagem digital e pré-fabricação

    BIM aliado a componentes modulados permite estimar interferências antes da obra, encurtando prazos e mitigando riscos estruturais — vantagem decisiva em edificações ocupadas.


Boas práticas de execução


  1. Diagnosticar patologias e desempenho térmico-acústico antes da concepção.

  2. Integrar engenheiros de estruturas e instalações desde o estudo preliminar.

  3. Planejar logística de obra seca para minimizar impacto aos moradores.

  4. Formalizar cláusulas de desempenho pós-obra (SLA) em contrato, garantindo performance real do retrofit residencial.

Para o arquiteto em busca de inovação, o retrofit residencial oferece um palco onde criatividade, técnica e responsabilidade ambiental convergem. Ao dominar as tendências — da eficiência energética à automação — o profissional não apenas renova fachadas: ele reescreve a história das cidades, multiplica oportunidades de negócio e entrega habitações alinhadas às exigências do futuro.

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